"Aqui, tudo é gente minha. Todo mundo se conhece, não tem violência e nem roubo. Por isso, tenho fé em Deus de só sair daqui no caixão". Assim resume o que sente Petrolina de Jesus Vitor, uma mulher de 93 anos que nasceu, sempre viveu e mora até hoje na comunidade de Monteiro, uma vila do município de Anchieta que vai desaparecer, caso seja aprovado, pelos órgãos ambientais, o projeto de construção de uma usina siderúrgica na região. Se isso acontecer, 110 famílias terão que sair de suas casas - 73 em Chapada e 37 em Monteiro. A história de dona Petrolina reúne um pouco da história de cada um dos moradores das duas comunidades - a outra é Chapada do A - localizadas bem no centro da área onde a Vale pretende instalar a usina. Terra antes habitada por indígenas - pelo menos é o que dizem os artefatos que esporadicamente são encontrados na região -, o lugar não era exatamente onde a mineradora queria instalar sua fábrica de placas de aço no Espírito Santo. Em Monteiro, dona P...