População do ES resiste à Vale com Plebiscito

O Fórum em Defesa de Anchieta, criado recentemente para defender os interesses da população local e o meio ambiente, vem dando força para a comunidade da Chapada do A resistir à pressão da Vale.
A empresa insiste em construir no local a Companhia Siderúrgica de Ubu (CSU). “O povo está disposto a resistir e após o plebiscito afirmou que nada será como antes.
A Vale não passará por cima de nós”, desafiou Sebastião Ângelo de Moura, do Fórum em Defesa de Anchieta.
Ao contrário do que divulgou a Vale – sobre a compra de terras na Chapada do A –, as áreas em questão continuam em poder das famílias descendentes de indígenas da região, mas sob forte pressão da mineradora.
Idealizado pela comunidade com apoio do Fórum, um plebiscito chegou a ser feito na região. A consulta apontou que 93% da comunidade rejeita a venda de terras para a construção da CSU/Vale na região. Dos 129 representantes das famílias locais, 119 votaram contra a construção da siderúrgica e o resultado deverá ser enviado na próxima semana às autoridades públicas estaduais e federais e à própria Vale.
A votação tem o objetivo de evitar a retirada das famílias da região. Além disso,  visa a combater a coação promovida pela Vale na região.
Segundo a Associação de Moradores da Chapada do A, as investidas vão desde visitas surpresas de técnicos contratados pela empresa para convencer os moradores, até as afirmações de que os moradores terão que sair ou serão expulsos.
Na região, a  Vale quer construir a CSU em na área onde vivem as famílias da Chapada do A. A mineradora pretende produzir 5 milhões de toneladas de ferro por ano. Se o projeto vingar, a quantidade de emissões de poluentes representará mais do que a metade das emissões de dióxido de carbono lançadas pela Vale em todo o mundo. Ao todo, a Vale lança 16,86 milhões de toneladas de CO2 por ano na atmosfera do Planeta.
Ao todo, a mineradora já possui mais de 78km² do município, mas a intenção é comprar também os bairros de Chapada do A e Monteiro, as áreas devem abrigar a sede da siderúrgica. No entorno dos bairros, os proprietários de terrenos tentam resistir ao assédio da mineradora, mas muitas áreas já foram compradas pela empresa.

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