Segurança e meio ambiente, as maiores dores de cabeça da população capixaba



Século Diário inaugurou, na página de cobertura das eleições 2010, a publicação de uma enquete semanal para saber como o leitor avalia o cenário político capixaba. Na pergunta de estreia, o jornal sondou a opinião dos internautas sobre qual das áreas críticas da gestão Paulo Hartung traz mais prejuízos ao conceito do Estado.

O leitor tinha à disposição cinco opções de resposta. Porém, mesmo com a variedade de assuntos, os votos se concentraram nas áreas da Segurança e Meio Ambiente.

Primeira colocada, a política de Segurança do ex-secretário Rodney Miranda, candidato À Assembleia Legislativa (Ales), e do chefe da pasta de Justiça Ângelo Roncalli, amargou a maior rejeição, com 1.652 votos, 47% do total.

A porcentagem elevada, próxima a 50%, mostra a insatisfação do leitor com a área. O Espírito Santo tem registrado elevado índice de homicídios e figura como segundo colocado no ranking nacional de homicídios por cem mil.

O ES é a quinta economia do país e o segundo pior Estado em segurança pública, perdendo só para Alagoas.

Outra área inquietante para o internauta foi a de Meio Ambiente. Foram 1.150 votos, cerca de 32% do total. A condição de segundo lugar na enquete alerta para a importância do assunto para o leitor.

O público do jornal acompanhou as facilidades encontradas pelos grandes projetos no Espírito, administrados por empresas multinacionais, para receberem benefícios fiscais e licenças ambientais durante os oito anos do governo de Paulo Hartung. A ex-Aracruz Celulose, a Vale, a Samarco e a CST fazem parte do grupo Espírito Santo em Ação, uma entidade empresarial surgida sob a relação estreita com o palácio Anchieta, e agregadora dos principais financiadores das campanhas pró-Hartung.

Também foram notícia os impactos ambientais desses projetos. A poluição de córregos, a concentração elevada de pó de minério no ar e a expansão das monoculturas. Ao priorizar esse modelo de desenvolvimento, o governo estadual o enfraqueceu as iniciativas de pequenos produtores rurais e não poupou esforços para desequilibrar a disputa pelas terras quilombolas e indígenas.

As três áreas restantes dão conta dos outros 748 votos. A Saúde ficou com 18%, enquanto Educação e Justiça minguaram com 2% e 1%, respectivamente.
A enquete ficou à disposição dos internautas por uma semana e registrou até a manhã desta segunda-feira (09) 3.550 votos.

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