CSU segue nos planos da Vale

Empresa avisa que não desistiu da siderúrgica, mas ferrovia litorânea está fora de cogitação.


ABDO FILHO | afilho@redegazeta.com.br
Com um orçamento inicial de US$ 5 bilhões, as obras da Companhia Siderúrgica de Ubu (CSU), de acordo com o cronograma original elaborado pela Vale, começariam em 2011 e seriam entregues em 2014, mas, até agora, nada saiu do papel. Ainda assim, o projeto da CSU segue na carteira de investimentos previstos para o Espírito Santo.

“A CSU segue na carteira porque nós procuramos a Vale, e a companhia afirmou que não desistiu do projeto”, explicou o presidente do Instituto Jones dos Santos Neves, José Edil Benedito. O mesmo não ocorre com a Ferrovia Litorânea Sul, que, no projeto original, levaria o minério de Tubarão para abastecer os fornos da siderúrgica em Anchieta. “Será substituída pela EF (estrada de ferro) 118, que virá do Rio de Janeiro para cá e será concedida à iniciativa privada”, disse o secretário de Desenvolvimento, Nery De Rossi.

Outro grande projeto que está na carteira é o Complexo Gás-Químico de Linhares, um investimento de US$ 4 bilhões que a Petrobras fará em Linhares. Pelo cronograma da companhia, o início da operação se dará em 2017. “Está na nossa carteira e na da Petrobras”, brincou o secretário.

Com relação a projetos que foram anunciados e não saíram do papel, Nery e Edil deram uma série de argumentos. O primeiro é o fato de a crise econômica mundial, iniciada em setembro de 2008, ter retardado vários aportes. Além disso, eles citam a dinâmica normal do mercado e a substituição de investimentos.

“Veja o caso da Petrobras, uma empresa que publicamente passa por problemas de caixa. Havia um projeto para construção de um terminal, em Ubu, para suprimento das atividades marítimas de exploração óleo e gás. O projeto vinha sendo estudado, mas duas empresas especializadas no assunto, Edison Chouest e Itaoca Offshore, anunciaram empreendimentos com a mesma finalidade em Itapemirim. Nada mais natural do que usar esses serviços e canalizar os recursos para outras necessidades. O mesmo ocorre com a Ferrous, que poderá usar o espaço do Porto Central para escoar o seu minério”, explicou Nery.

Concessões

Sobre a possibilidade dos investidores afastarem-se do Estado por conta da pressão popular que o governo vem sofrendo para romper o contrato de concessão da Terceira Ponte com a Rodosol, o secretário se mostrou despreocupado.

“Vejo um processo no sentido contrário. Nas últimas semanas o primeiro e o segundo colocados do leilão da 101 se associaram e já disseram que a 262 interessa. Este movimento mostra que os investidores não estão tão preocupados assim”.
Fonte: A Gazeta, publicada em 19 de julho.

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