Projeto em Anchieta gera polêmica no Conselho Estadual de Meio Ambiente

O CONSEMA DEVERÁ REUNIR NOVAMENTE

Polêmica. Este foi o tom da reunião do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema).

Além de questionarem os impactos ambientais do empreendimento, que deve produzir cinco milhões de toneladas de placas de aço por ano, alguns membros do Consema reclamaram do pouco tempo que tiveram para expor suas opiniões e questionamentos.

Isto porque as apresentações dos representantes da Vale e do governo estadual, que é responsável pela licença ambiental da CSU, duraram mais de duas horas. Cada conselheiro teve cinco minutos para suas considerações.

Representante da Federação das Associações de Moradores (Famopes) no Consema, José Eduardo Porto demonstrou preocupação quanto aos impactos ambientais que a CSU  poderá levar a região.

“A vocação da região é o turismo. A siderúrgica vai aumentar a poluição do ar, do mar, aumentar a degradação do rio Beneventes, de onde usará água. Vai gerar o crescimento desordenado de Anchieta”, enumerou.

Da Comissão Espírito-santense de Folclore, o conselheiro Sebastião Ribeiro, reclamou da falta de padrões legais  quanto a precipitação de poeira sobre as casas. “No Rima (Relatório de Impacto Ambiental) não há estudos relacionando poluição do ar e saúde pública”, apontou.

Da Sociedade Sinhá Laurinha, o conselheiro Ricardo Braga citou o problema das comunidades centenárias de Monteiro e Chapada do Á, que terão que ser removidas para a instalação da CSU. “A Vale está abordando os moradores para que vendam seus imóveis, antes da aprovação da licença. Sugerimos que pare. Isto é errado”, argumentou.

Sem voz

Três entidades de Anchieta estiveram presentes na reunião. Apesar de não terem tido tempo para expor suas preocupações com a siderúrgica, solicitaram a diretora do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), Suely Tonini, de uma reunião do Consema exclusiva para isto. Os membros do Consema aprovaram a solicitação das entidades de Anchieta .