Sede do Iema é ocupada durante protesto contra construção da CSU/Vale, em Ubu

Com palavras de ordem tais como “lutar não é crime” e “licenciamento ambiental vira moeda de troca no Iema”, cem pessoas ligadas a movimentos da sociedade civil organizada ocuparam o setor de licenciamento do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), em Cariacica, nesta quinta-feira (14).

O protesto cobra a suspensão do processo de licenciamento ambiental da Companhia Siderúrgica de Ubu (CSU), da Vale, em Anchieta.

Outra reivindicação é o acesso ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA), feito pela Cepemar, que estabelece os impactos positivos e negativos previstos com a instalação do empreendimento; entre outras reivindicações.

O processo de licenciamento da empresa, analisado em tempo recorde pelo Iema, segundo os ambientalistas, passa pela segunda rodada de audiências públicas cobradas pela sociedade civil organizada, para que questionamentos sobre saúde, infraestrutura, poluição do ar e disponibilidade hídrica – motivo da não instalação da siderúrgica da Baosteel na mesma região – fossem respondidos.

A reclamação dos manifestantes é que as audiências públicas funcionam como instrumentos para legitimar o projeto, ao invés de ouvir a população, os seus anseios e sua posição sobre o empreendimento. E denunciam que muitos questionamentos feitos durante as audiências “ficaram para ser respondidos por correio”.

Neste contexto, os manifestantes impediram os funcionários que trabalham no prédio onde fica o setor de licenciamento de entrar para trabalhar. A alegação dos ambientalistas é que a região onde a CSU pretende se instalar irá prejudicar não só o meio ambiente mas a qualidade de vida da população devido à falta de infraestrutura para receber o empreendimento que atrairá para a região cerca de 20 mil trabalhadores de diversas partes do País.

A informação dos manifestantes é que uma comissão está formada para conversar com a diretoria do órgão. Entretanto, a mesma não possui credibilidade entre as partes.

Já o Iema, que chegou a informar através do jornal A Tribuna que a Licença Prévia (LP) do empreendimento seria concedida até o final deste mês, desta vez informou ao jornal Gazeta on-line que não é responsável pelo licenciamento ambiental da CSU.

A justificativa do órgão é que cabe a ele apenas concluir um parecer sobre o empreendimento para que o Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) julgue a favor ou não da emissão da LP.

Além da manifestação, ao todo 14 processos judiciais questionam a implantação da CSU no balneário turístico de Anchieta, onde os limites de emissão de poluentes no ar previstos em Lei já foram ultrapassados. Na região, já existe a Samarco Mineração S/A.

Flavia Bernardes 

www.seculodiario.com

Minuto a minuto - Gazetaonline

14/10/2010 - 10h54 - Atualizado em 14/10/2010 - 10h54

Manifestantes ocupam prédio do Iema em Cariacica

Cerca de cem pessoas ligadas a movimentos sociais e ambientais ocuparam um dos prédios do Instituto Estadual de Meio Ambiente, em Cariacica, na manhã desta quinta-feira (14). Eles querem a suspensão do licenciamento ambiental da Companhia Siderúrgica de Ubu (CSU), em Anchieta, no litoral sul do Espírito Santo, e o acesso ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do empreendimento, dentre outras reivindicações.

Funcionários do prédio onde está localizado o setor de licenciamento ambiental foram impedidos de entrar para trabalhar.

De acordo com o representante do Grupo de Apoio ao Meio Ambiente de Anchieta, Bruno Fernandes da Silva, a comunidade da região em que a siderúrgica (CSU) deve ser instalada pode ser prejudicada, não só devido aos danos ambientais, mas também com o aumento populacional.

Uma comissão formada pelos manifestantes foi recebida por representantes do Iema. Após a reunião os manifestantes deixaram o local. A Polícia Militar acompanhou a manifestação.

Fonte www.gazetaonline.com.br

Manifestantes contra siderúrgica desocupam Iema em Cariacica

Entre os manifestantes estavam moradores da chapada do A, distrito de Anchieta onde a siderúrgica deve ser instalada e representantes do Grupo de Apoio ao Meio Ambiente

Letícia Cardoso - gazeta online

Dentre as reivindicações, o Iema atendeu ao pedido de acesso ao Estudo de Impacto Ambiental da CSU e entregou uma cópia do documento para o representante do grupo

Cerca de cem pessoas ligadas a movimentos sociais e ambientais ocuparam um dos prédios do Instituto Estadual de Meio Ambiente, em Cariacica, na manhã desta quinta-feira (14). Na pauta de reivindicações estava, entre outros itens, o pedido de paralisação do processo de licenciamento ambiental da Companhia Siderúrgica de Ubu (CSU), que deve ser instalada em Anchieta, no litoral sul do Espírito Santo.

Eles só deixaram o local depois de serem recebidos por representantes do Iema. Entre os manifestantes estavam moradores da chapada do A, distrito de Anchieta onde a siderúrgica deve ser instalada e representantes do Grupo de Apoio ao Meio Ambiente (Gama).

Além do pedido de paralisação do processo de licenciamento, eles pediam cópia do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do empreendimento e das gravações das audiências públicas que foram realizadas pelo Iema em comunidades do sul do Estado para tratar da instalação da siderurgia.

Dentre as reivindicações, o Iema atendeu ao pedido de acesso ao Estudo de Impacto Ambiental e entregou uma cópia do documento para o representante do grupo. Quanto as gravações das audiências públicas, o Instituto de Meio Ambiente vai consultar o departamento jurídico do órgão para saber se é permitido.

Uma nova reunião com representantes da ong ambiental e com moradores da Chapada do A será agendada pelo Iema. Segundo o representante do Grupo de Apoio ao Meio Ambiente de Anchieta, Bruno Fernandes da Silva, a comunidade da região em que a siderúrgica (CSU) deve ser instalada pode ser prejudicada, não só devido aos danos ambientais, mas também com o aumento populacional.

http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2010/10/677922-manifestantes+contra+siderurgica+desocupam+iema+em+cariacica.html