RIO BENEVENTE SEM ÁGUA, POVO SEM TURISMO, CASO A SIDERÚRGICA FOSSE INSTALAR EM ANCHIETA
NOTA PÚBLICA
A CSU VAI EXTINGUIR O RIO BENEVENTE
“Com a estiagem e sem água os municípios de Anchieta, Piúma, Guarapari e Alfredo Chaves serão diretamente afetados. A instalação da siderúrgica comprometerá o manguezal e todo a biodiversidade associada. Ou melhor a fauna e a flora não existirão neste lugar, só haverá pó preto e veneno na atmosfera.”
A CESAN foi obrigada a fazer duas barragens e dragagem no rio Benevente (Anchieta), para abastecer as comunidades de Anchieta e Guarapari. Com quase dois meses sem chuva, o rio Benevente está em situação crítica, com vazão estimada de 8,1 milhões de litros por hora (2250 l/s), o que corresponde a menos de 50% da vazão média, que é 16,8 milhões de litros por hora (4680 l/s – Rima CSU).
O demonstrativo fotográfico (em anexo) revela a escassez que atualmente o rio Benevente esta passando. Essa situação atual, obrigou a Cesan fazer duas barragens, uma para atender Guarapari e outra para atender o município de Anchieta. Foi publicado na imprensa capixaba a falta de água em Guarapari, mas sem que a população soubesse o que está acontecendo. Mesmo com sua capacidade máxima de bombeamento na barragem que atende Guarapari, a Cesan deixou diversos bairros turísticos sem água em janeiro último. Para justificar a falta de água, a empresa do governo estadual fez um tal de “rodízio” de fornecimento para atender, precariamente a população de Guarapari.
A outra barragem para atender Anchieta, também não deu conta do recado e o atendimento foi precário também, porque em razão da seca do rio, a captação estava sendo bloqueada devido à entrada de areia nas bombas da Cesan.
Então considerando a baixa do rio Benevente, o que assusta aos mais entendidos em hidrografia, pois está atualmente com profundidade máxima de 43 centímetros, não existe mais condições da Cesan de atender Guarapari e Anchieta com as águas do rio Benevente.
As comunidades de Anchieta e Guarapari irão ficar sem água, caso o projeto siderúrgico (CSU) venha a sair do papel, devido o alto consumo industrial de água projetado para ser captado do rio Benevente. Segundo estudo ambiental - Rima da CSU, será de 1,836 milhões de litros por hora (510 l/s). Considerando que com as estiagens a vazão reduz drasticamente, o rio Benevente vai deixar em situação crítica e sem água diversas comunidades. Isto sem a implantação da siderúrgica, imaginem como será com a usina.
O estudo ambiental da siderúrgica revela ainda que para o abastecimento humano, na indústria, a CESAN será responsável pelo abastecimento. Porém não declara o quanto precisa de água e se a Cesan tem capacidade para isto. O estudo revela que o projeto da Siderúrgica (sem futuras ampliações) prevê que o consumo industrial de água doce será de quase 1/4 da vazão atual. Isto é, sem levar em consideração que a Cesan vai ampliar a capacidade de captação para atender a alta temporada de verão de Guarapari e que a população das comunidades de Anchieta irá crescer com seus múltiplos usos. Pior é que a jusante (rio abaixo) tem uma biodiversidade que depende de uma vazão razoável.
Como é de conhecimento de todos que o rio Benevente deságua no mar, justamente em Anchieta, com o elevado consumo de água, a cunha salina mudará sua dinâmica. Ou seja, as marés altas vão empurrar a água doce, e subindo o rio irá ultrapassar os dois locais de captação de água em Jabaquara, que atende Guarapari e Anchieta. O que é que vão fazer com a captação de água salinizada?
Observe que estamos levantando dados não computado com a ampliação da siderúrgica, o que poderá dobrar o consumo projetado atualmente.
Importante ressaltar que a projeção de captação de água do projeto siderúrgico - CSU é quase o dobro da atual captação do Benevente para as comunidades da cidade turística de Guarapari (280 l/s).
As barragens e dragagem do Benevente realizada pela Cesan não tem qualquer licença ambiental.
A Bacia hidrográfica do Benevente abrange terras dos municípios de Anchieta, Alfredo Chaves, Iconha, Guaraparí e Piúma, possuía em suas cabeceiras boa parte de coberta florestal, mas, a parte baixa devido os diversos usos das terras está sofrendo uma acelerada degradação ambiental.
A CSU vai extinguir o rio Benevente!
Anchieta - ES, 25 de fevereiro de 2010
Bruno Fernandes da Silva
Diretor Presidente - GAMA
Grupo de Apoio ao Meio Ambiente
MERECIDA HOMENAGEM DE UM CASO ACONTECIDO NA DÉCADA DE 90
ResponderExcluirAo ver a mobilização da família e dos amigos do músico Rafael, filho da atriz Cissa Guimarães, para que o túnel onde ocorreu o atropelamento passe a ter o nome de Rafael Mascarenhas, o Prefeito Eduardo Paes se manifestou a favor da idéia. Me veio à lembrança que em 1995 o Jornal O Dia, entre outros jornais, através da publicação de uma carta enviada por mim com o título “Nossos jovens precisam de lazer”, pedindo que fosse feito uma pista de skate na Praça Granito, em Anchieta. A motivação para esta carta foi porque naquele local havia todo final de semana um PEGA de automóveis, onde os jovens se reuniam para assisti-lo por não ter opção de lazer, colocando suas vidas em risco. Os motoristas participavam alcoolizados e drogados, inclusive com carros roubados que ao final do pega tacavam fogo nos veículos em ruas próximas a Praça Granito, e também exibiam caronas nuas. Infelizmente aconteceram vários atropelamentos com mortes, inclusive de uma criança de 9 anos de idade, filho único de uma senhora humilde que vendia doces em uma barraca na praça para o sustento de sua família. Essa criança morreu esmagada num poste por um carro que participava do PEGA dando cavalo de pau, o caso repercutiu muito na imprensa porque esse PEGA era muito conhecido no subúrbio.
No ano seguinte a pista de Skate foi construída na praça, sendo 1a pista de Skate Profissional no subúrbio, e com isso nunca mais houve Pega naquele local, que se transformou numa área de lazer tendo freqüência familiar.
Gostaria que fosse sugerido ao Sr. Prefeito a troca do nome da Praça Granito, pelo nome dessa criança que foi vítima da violência do Trânsito naquele local.
Quem enviou a carta em 1995 a esse jornal, hoje por motivos de força maior, luta contra a impunidade nos crimes de trânsito. Embora não more mais naquela região, atualmente moro na Tijuca, acho justa essa homenagem principalmente por se tratar de uma VÍTIMA DA VIOLÊNCIA DO TRÂNSITO E DE UMA FAMILIA HUMILDE.
Lutar contra a violência no trânsito é um dever de todos nós independente de classe social, raça, religião e nacionalidade.
Atenciosamente,
Edson Cubeiro pai órfão de filha única, Michelle Chaffin Cubeiro atropelada dentro do terminal de embarque e desembarque de passageiros na Praça XV.
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