Siderúrgica CSU na rota da...
Vários projetos siderúrgicos da Vale poderão não acontecer como previsto inicialmente.
Obstáculos como câmbio, aumento das importações, guerra tributária e excesso de estoques no exterior podem atrapalhar os planos de implantação de siderúrgicas no País (UBU e outros investimentos no ES, bem como projetos no PA). A empresa é também acusada de visar o monopólio da produção.
Obstáculos como câmbio, aumento das importações, guerra tributária e excesso de estoques no exterior podem atrapalhar os planos de implantação de siderúrgicas no País (UBU e outros investimentos no ES, bem como projetos no PA). A empresa é também acusada de visar o monopólio da produção.
A informação, divulgada pela agência Reuters, é do Instituto Brasileiro do Aço (IABr), que incluiu a Companhia Siderúrgica de Ubu (CSU) e outros projetos da Vale em ES e PA, na lista dos projetos siderúrgicas que poderiam ser adiados.
A estimativa, segundo a IAB3, é que dos US$ 39,8 bilhões de investimentos previstos entre 2009-2016, cerca de US$ 22,5 bilhões poderiam ser suspensos, dependendo da evolução do mercado.
“De acordo com o presidente do IaBr, Marco Polo de Mello Lopes, as usinas que estão em estudo podem não ir adiante, como ocorreu recentemente com a Usiminas, que desistiu de fazer uma nova usina. Ele citou também projetos da Vale no Pará e no Espírito Santo como projetos que poderiam ser adiados”.
O IABr apresentou suas projeções para o fechamento de 2010, mas poucas previsões para 2011.
A estimativa, segundo a IAB3, é que dos US$ 39,8 bilhões de investimentos previstos entre 2009-2016, cerca de US$ 22,5 bilhões poderiam ser suspensos, dependendo da evolução do mercado.
“De acordo com o presidente do IaBr, Marco Polo de Mello Lopes, as usinas que estão em estudo podem não ir adiante, como ocorreu recentemente com a Usiminas, que desistiu de fazer uma nova usina. Ele citou também projetos da Vale no Pará e no Espírito Santo como projetos que poderiam ser adiados”.
O IABr apresentou suas projeções para o fechamento de 2010, mas poucas previsões para 2011.
Uma das principais críticas da IABr, inclusive, foi disparada em direção às dúvidas em relação ao próximo ano. A informação é que não há como estimar números de comércio exterior, porque isso dependerá da evolução das condições de competitividade da indústria brasileira frente à concorrência desleal, custos tributários elevados e da política cambial.
A concorrência desleal, ilustrada pelo forte incentivo fiscal e por financiamentos às grandes indústrias, é duramente criticada e aprofundada no Espírito Santo por ambientalistas. Diante da ausência de contrapartida das grandes indústrias, os ambientalistas afirmam que, além dos impactos sociais e ambientais, nada mais é agregado à região das grandes siderúrgicas.
A concorrência desleal, ilustrada pelo forte incentivo fiscal e por financiamentos às grandes indústrias, é duramente criticada e aprofundada no Espírito Santo por ambientalistas. Diante da ausência de contrapartida das grandes indústrias, os ambientalistas afirmam que, além dos impactos sociais e ambientais, nada mais é agregado à região das grandes siderúrgicas.
Na prática, a IABr não se mostra preocupada com os impactos ambientais, quer combater os incentivos fiscais desproporcionais para combater a concorrência desleal do aço, que aumenta ao passo que a Vale apressa suas expansões no País.
Caso efetive sua siderúrgica no sul do Estado do Espírito Santo, a Vale trará ao País impactos ambientais e sociais e sobretudo econômicos, já que terá o controle da cadeia produtiva de minério através de sua mineradora, ferrovia, siderúrgica e seu porto.
Além da IABr, a Associação Européia da Indústria Siderúrgica (Eurofer) também já se mostrou preocupada com as atividades da mineradora. Em abril deste ano, a Eurofer, cujos membros incluem ArcelorMittal e ThyssenKrupp, acusaram a Vale de abusar do seu domínio de mercado.
Além da IABr, a Associação Européia da Indústria Siderúrgica (Eurofer) também já se mostrou preocupada com as atividades da mineradora. Em abril deste ano, a Eurofer, cujos membros incluem ArcelorMittal e ThyssenKrupp, acusaram a Vale de abusar do seu domínio de mercado.
Só com a oitava usina que construirá no Estado, a Vale pretende agregar 7,5 milhões de toneladas aço por ano à sua produção de 25 milhões de toneladas por ano de pelotas de minério de ferro das sete usinas em atividade (destas, cinco em parceria com outras empresas). Além disso, a empresa deixou claro no último ano que vai otimizar a produção das atuais usinas, atingindo uma produção de 39 milhões de toneladas de pelotas de ferro por ano. Na prática, dizem os especialistas, a otimização das sete usinas equivale à sua 9ª pelotizadora em Tubarão.
Além disso, quer construir a Companhia Siderúrgica de Ubu (CSU), em Anchieta, onde os níveis de poluição permitidos por lei já foram alcançados devido à operação da Samarco Mineração S/A, também no balneário turístico. Para ambientalistas, a mineradora quer atingir sua capacidade máxima de produção para monopolizar o mercado.
Qualidade de vida
Ao todo, são despejados no ar da Grande Vitória 96.360 toneladas de poluentes pela Vale, ArcelorMittal e Belgo Arcelor, prejudicando o meio ambiente e a população, segundo os ambientalistas. Ao todo, são 59 os tipos de gases lançados, sendo 28 altamente nocivos à saúde, sem contar os poluentes particulados, inclusive com micropartículas, como as PM-2. E 0com as expansões esses números deverão crescer consideravelmente.
E, ao mesmo tempo em que a mineradora anuncia suas expansões, anuncia também medidas mitigadoras “para amenizar” o impacto que será gerado. Mas, segundo ambientalistas, tais medidas não serão suficientes para conter a poluição gerada pelas indústrias.
Os poluentes emitidos pelas poluidoras provocam as mais diferentes doenças na população da Grande Vitória. Entre elas, vários tipos de câncer, doenças alérgicas e respiratórias. Provocam ainda queda de imunidade em relação às doenças.
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