PPDDH-ES pede atenção à morte de líder comunitário da Barra do Sahy
28/5/2010
A coordenadora técnica do Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos (PPDDH-ES) encaminhou ao secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, e à subsecretária de Inteligência, Fabiana Maioral, um pedido de atenção às investigação sobre o assassinado do líder comunitário Wanderly Garcia Lírio, o ‘Orinho”, da Barra do Sahy. Conhecido por lutar contra a falta de insfraestrutura e a chegada de grandes empreendimentos na região, ele foi morto no último dia 23.
O crime contra o líder comunitário vem sendo tratado como latrocínio. Entretanto, os familiares e os amigos levantam a possibilidade de crime de mando, diante da tortura sofrida pelo líder, que também era taxista.
“Orinho” é conhecido na região para denunciar a falta de estrutura da região e a não execução das obras discutidas em orçamento participativo. Ele foi também um dos responsáveis pela denúncia de doação de terras públicas para a construção do estaleiro da Jurong, na localidade.
Embora já tenham sido presos três suspeitos, a PPDDH-ES entende que é necessário averiguar a suspeita da família e garantir a segurança dos seus membros.
“Orinho”, tido como um dos líderes comunitários mais importantes e sérios da região, é reconhecido ainda por não se deixar cooptar. Ele reclamava principalmente da falta de estrutura dada à comunidade e ao agravamento desta situação diante da chegada dos grandes empreendimentos à região.
Entre as lutas de “Orinho” estavam ainda a segurança pública (queda no número de policiais na região, de 75 para 35 em 15 anos), falta de calçamento e de rede de esgoto no bairro Pedrinha, onde morava. Na região, o clima é de tristeza e indignação. Em declaração dada ao jornal “Folha Vitória”, a irmã da vítima, Sônia Garcia, afirmou que acredita ter sido o crime motivado por seu papel de líder na comunidade.
O corpo de “Orinho” foi encontrado próximo a uma área de eucaliptais e com marcas de tortura. O líder havia concedido uma entrevista a este Século Diário revelando um “golpe no orçamento participativo” da região, ao saber que as obras orçadas e aprovadas não seriam realizadas.
Na ocasião, ele também anunciou que entraria na Justiça para impedir que os grandes empreendimentos chegassem à região antes que houvesse infraestrutura para recebê-los.
Na Barra do Sahy, toda a comunidade participou do velório em apoio à tradicional família Lírio na região. Durante o velório, familiares e líderes exaltaram o amor e a dedicação de Wanderly à região.
“A nós, que ficamos sós, resta continuarmos a nossa luta e a dele em prol de melhorias para a comunidade e um desenvolvimento acompanhado de melhorias na infraestrutura da orla, principalmente no que se refere à segurança”, ressaltou o representante da Associação das Empresas de Turismo de Aracruz (AETA) e da Associação Capixaba de Proteção ao Meio Ambiente (Acapema), Jean Carlo Pedrini.
Flavia Bernardes
http://www.seculodiario.com/exibir_not.asp?id=5846
A coordenadora técnica do Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos (PPDDH-ES) encaminhou ao secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, e à subsecretária de Inteligência, Fabiana Maioral, um pedido de atenção às investigação sobre o assassinado do líder comunitário Wanderly Garcia Lírio, o ‘Orinho”, da Barra do Sahy. Conhecido por lutar contra a falta de insfraestrutura e a chegada de grandes empreendimentos na região, ele foi morto no último dia 23.
O crime contra o líder comunitário vem sendo tratado como latrocínio. Entretanto, os familiares e os amigos levantam a possibilidade de crime de mando, diante da tortura sofrida pelo líder, que também era taxista.
“Orinho” é conhecido na região para denunciar a falta de estrutura da região e a não execução das obras discutidas em orçamento participativo. Ele foi também um dos responsáveis pela denúncia de doação de terras públicas para a construção do estaleiro da Jurong, na localidade.
Embora já tenham sido presos três suspeitos, a PPDDH-ES entende que é necessário averiguar a suspeita da família e garantir a segurança dos seus membros.
“Orinho”, tido como um dos líderes comunitários mais importantes e sérios da região, é reconhecido ainda por não se deixar cooptar. Ele reclamava principalmente da falta de estrutura dada à comunidade e ao agravamento desta situação diante da chegada dos grandes empreendimentos à região.
Entre as lutas de “Orinho” estavam ainda a segurança pública (queda no número de policiais na região, de 75 para 35 em 15 anos), falta de calçamento e de rede de esgoto no bairro Pedrinha, onde morava. Na região, o clima é de tristeza e indignação. Em declaração dada ao jornal “Folha Vitória”, a irmã da vítima, Sônia Garcia, afirmou que acredita ter sido o crime motivado por seu papel de líder na comunidade.
O corpo de “Orinho” foi encontrado próximo a uma área de eucaliptais e com marcas de tortura. O líder havia concedido uma entrevista a este Século Diário revelando um “golpe no orçamento participativo” da região, ao saber que as obras orçadas e aprovadas não seriam realizadas.
Na ocasião, ele também anunciou que entraria na Justiça para impedir que os grandes empreendimentos chegassem à região antes que houvesse infraestrutura para recebê-los.
Na Barra do Sahy, toda a comunidade participou do velório em apoio à tradicional família Lírio na região. Durante o velório, familiares e líderes exaltaram o amor e a dedicação de Wanderly à região.
“A nós, que ficamos sós, resta continuarmos a nossa luta e a dele em prol de melhorias para a comunidade e um desenvolvimento acompanhado de melhorias na infraestrutura da orla, principalmente no que se refere à segurança”, ressaltou o representante da Associação das Empresas de Turismo de Aracruz (AETA) e da Associação Capixaba de Proteção ao Meio Ambiente (Acapema), Jean Carlo Pedrini.
Flavia Bernardes
http://www.seculodiario.com/exibir_not.asp?id=5846
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