Ubu: Coordenação dos Movimentos Sociais vai se reunir com técnicos do Iema


Em nome da Coordenação dos Movimentos Sociais do Estado, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) solicitou uma reunião com representantes do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) para tirar dúvidas sobre a construção da Companhia Siderúrgica de Ubu (CSU), da Vale, em Anchieta, sul do Estado. A informação do presidente da CUT, José Carlos Nunes, é que há dúvidas sobre a semelhança do estudo da antiga Baosteel e o da CSU.
“Queremos conhecer a avaliação do órgão sobre o EIA, porque a informação é que o estudo difere em poucas coisas do antigo EIA da Baosteel, sendo que este foi rejeitado devido a indisponibilidade hídrica na região”, disse Nunes.
Foi a indisponibilidade hídrica do rio Benevente uma das principais causas do veto à instalação da siderúrgica da Baosteel na região, no passado. Entretanto, a informação é de que só a CSU irá captar 1,8 milhão de litros de água por hora do já exaurido rio Benevente e mais 4 milhões de litros de água do mar, também por hora, conforme alerta a Associação de Moradores de Jabaquara, bairro cortado pelo rio exatamente no ponto de onde a CSU pretende extrair água.
Além da siderúrgica, a Vale quer construir na região um sistema logístico de suporte à CSU que inclui a construção de um porto de águas profundas com capacidade de embarque de toda a produção da siderúrgica e uma ferrovia que deverá atravessar municípios entre Caciacica e Cachoeiro de Itapemirim.
Os representantes dos movimentos sociais questionam se há diferença, de fato, entre este projeto e o outro, no que diz respeito ao consumo de água e aos impactos que serão gerados ao meio ambiente. Por isso cobram do Iema um esclarecimento sobre os dois projetos.

A reunião será realizada nesta quarta-feira (5), no auditório do Iema, em Cariacica, às 9h, e a expectativa é de que os movimentos sociais aprofundem seus conhecimentos sobre o projeto da Vale.
Segundo o Grupo de Apoio ao Meio Ambiente (Gama). a falta d’água já é um problema em Anchieta e nos municípios vizinhos, como Guarapari, e com a construção da CSU a situação irá piorar. Segundo a ONG, com a instalação da siderúrgica a situação se estenderá também para Piúma, Iconha e Alfredo Chaves. A ONG informou que o rio já registra profundidade de 43 centímetros em alguns trechos.

Flavia Bernardes

fonte:www.seculodiario.com

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